DICA DE MÃE: SEU FILHO TEM PROBLEMAS PARA COMER?

Seu filho tem problemas para comer? Você não é a única a se preocupar com isso. 

Meu filho tem 4 anos e come muito bem as refeições principais, almoço e janta, tudo que você coloca no prato ele come (claro que as vezes escondo algumas coisas embaixo do feijão para garantir), mas as outras refeições e lanches é muito difícil de fazê-lo comer. Ele não experimenta coisas novas, a pediatra me disse que isso se chama NEOFAFIA (medo de experimentar coisas novas) e é um distúrbio alimentar. A pediatra orientou a não forçá-lo a comer, mas oferecer sempre as coisas, colocá-lo na mesa conosco para ele ver o que comemos e dizer que as comidas que ele se recusa a comer são muito gostosas. 

Assim é a vida de mãe, cheia de desafios, mas não desista com o passar do tempo as coisas vão mudando, todo mundo me fala isso e realmente venho percebendo que com o passar do tempo as coisas melhoraram.

Achei esta reportagem e achei muito boa para nos orientar:

Não force o bebê a comer; veja outros erros da introdução alimentar

POR FABIANA FUTEMA

A regra de ouro da alimentação infantil é nunca forçar a criança a comer. Ela vale também para os bebês, que estão começando a conhecer outros sabores além do leite materno.
A consultora em comportamento alimentar, Fabiolla Duarte, criadora do Colher de Pau, diz que alguns erros da introdução alimentar do bebê podem afetar a sua relação com a comida no futuro.  Entre os principais erros estão forçá-lo, distraí-lo ou iniciar a introdução antes do tempo.
Ela também critica pais que usam de barganha ou chantagem para fazer a criança comer. “Isso tudo, quando usado sistematicamente, causa sérios danos no comportamento alimentar.”
Para tranquilizar pais aflitos com a falta de fome do filho, Ary Lopes Cardoso, chefe de Nutrologia do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas, da Faculdade de Medicina da USP, costuma dizer que é normal que crianças de 2 anos passem a rejeitar a comida.
“Quando chegam ao consultório dizendo isso, eu respondo: ‘Ainda bem, seu filho normal’”, diz o nutrólogo.
Para justificar seu argumento, ele faz uma relação entre a idade e ganho de peso da criança ao longo da vida. “Até completar 1 ano, a criança triplica de peso e cresce a metade, em centímetros, da altura que tinha ao nascer. Por isso ela é gordinha, cheia de dobras e os pais se lembram para o resto da vida que ela comia de tudo quando era bebê.”
Mas a partir do segundo ano, afirma Lopes Cardoso, quando ela começa a ficar mais seletiva com a comida, passa a ganhar cerca de 2,5 kg por ano e cresce de 8 a 10 centímetros. “Tem que parar de comer mesmo, é fisiológico.”
Para não ter dor de cabeça com o cardápio do filho, o nutrólogo aconselha os pais a evitarem cinco erros que prejudicam a relação da criança com a comida. São eles: 1) insistir, 2) forçar, 3) agradar, 4) irradiar/barganhar,5) substituir.
“Se os pais não errarem, terão uma criança que come o que tem. Que não fica escolhendo”, diz ele.
Ele lembra que esse quinto item costuma acontecer muito em casa de avós, que oferecem outro prato para criança que recusa a primeira opção.
Lopes Cardoso complementa sua lista com três mandamentos de ouro para a criação dos filhos: 1) não comparar; 2) ter bom senso; 3) fazer seu filho morar na sua casa, e não você na dele. “É preciso botar limites. O pai precisa ser mais esperto que o filho.”
Especialistas são unânimes em defender que as refeições aconteçam à mesa, e não em frente à TV. E sem distrações, como musiquinhas de tablets e celulares.
INTERFERE NA ALIMENTAÇÃO
A nutricionista Priscila Maximino, do Centro de Dificuldades Alimentares do Hospital Infantil Sabará, alerta para outras situações que podem prejudicar o apetite da criança. “Criança cansada, com sono, com nariz entupido ou com virose não come”, diz. “Se vai ficar doente, um pouco antes, já perde a fome.”
Nessas situações, Priscila diz que costuma dar um recado aos pais preocupados com a alimentação do filho: “O apetite é o primeiro que vai e o último que volta”.
Para ela, um dos principais cuidados que os pais devem ter é com a segurança da criança na hora das refeições. “Criança tem que comer sentada no cadeirão e presa pelo cinto de segurança.”
O cadeirão, segundo Priscila, ajuda a incluir o bebê nos hábitos alimentares da casa. “Você pode levá-lo para cozinha enquanto pica os alimentos ou encaixá-lo à mesa na hora das refeições.”

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